Colonoscopia

A Colonoscopia é um exame endoscópio do intestino grosso e porção distal do íleo. Na execução do exame há a necessidade de insuflar ar através do colonoscópio para permitir uma observação conveniente de todo o cólon. É realizado principalmente para deteção de pólipos (tumores benignos), que podem sofrer transformação para malignidade. O exame também deteta cancros iniciais e faz o diagnóstico de cancro (tumor) avançado.

É utilizado também para o diagnóstico de doença inflamatória intestinal e outras patologias. Além da avaliação da mucosa intestinal e do calibre do órgão, permite a realização de colheita de material para exame histopatológico (biópsias) e a realização de procedimentos como a retirada de pólipos (polipectomias) e a hemostasia de lesões sangrantes.

A técnica de remoção dos pólipos (polipectomias) é, desde logo, uma importante atitude terapêutica com reflexos na prevenção do cancro colo-retal.

 

Benefícios da Colonoscopia

Permite o diagnóstico de lesões malignas e benignas do intestino grosso; permite a remoção de pólipos (polipectomia), controlo de hemorragias, desobstrução do intestino, rastreio, diagnóstico e tratamento do cancro do cólon e recto.

 

Procedimento

O procedimento é realizado em sala apropriada para o exame, com ou sem a presença de anestesista de acordo com a sua escolha.

A colonoscopia realiza-se introduzindo no ânus um tubo flexível com uma câmara no extremo, depois de fazer um toque retal. Desta forma, é possível visualizar todo o intestino grosso e, eventualmente, a parte final do delgado. O procedimento dura, em média, 15 a 30 minutos.

 

Indicações para realização deste exame

O seu médico poderá indicar-lhe que faça uma colonoscopia se tiver uma hemorragia digestiva baixa ou uma anemia crónica com ferro baixo na qual já tenham sido descartadas outras causas.

Outras queixas podem ser ponderadas para realização do exame: prisão de ventre, diarreia, dor abdominal e pesquisa de sangue oculto positivo.

Este é, também, um exame indicado no seguimento e/ou controlo de doença inflamatória crónica intestinal (colite ulcerosa e doença de Crohn) e de casos  de cancro do cólon.

Dado o aumento da taxa de incidência de cancro colo retal, atualmente considera-se adequado fazer este exame a toda a população maior de 50 anos com repetição a cada 5 anos.

Por outro lado, as pessoas que tenham um familiar em primeiro grau com o diagnóstico de pólipos ou tumor reto cólico devem fazer a colonoscopia pelo menos 10 anos antes da idade durante a qual foi diagnosticada a doença ao seu familiar. E seguidamente de 3 em 3 anos.

 

Como se deve preparar

Para a realização deste exame é imprescindível uma correta limpeza do intestino, pelo que o paciente deve tomar uma preparação laxante apropriada um dia antes do exame. Em “Documentos” encontrará toda a preparação.

É também recomendável que faça uma análise ao sangue que inclua testes de coagulação. Desta forma, caso seja detetado algum pólipo durante o exame, este poderá ser logo removido.

Pode ainda ser desejável a suspensão temporária de alguns medicamentos, nomeadamente compostos de ferro (que dificultam a preparação) e medicamentos anti-agregantes ou anticoagulantes que podem predispor uma eventual hemorragia pós-polipectomia.